O tempo estava bom, o relvado não existia mas o empenho dos jogadores foi o mesmo de parte a parte. As duas equipas conheciam-se bem e por isso o jogo dispensou apresentações e cautelas. Jogou-se ao ataque desde o primeiro minuto.
O primeiro golo surgiu depois de uma desmarcação de Sérgio Botas pela esquerda do ataque que, frente ao guarda-redes, só teve de empurrar para o fundo da baliza. Poucos minutos volvidos e um cruzamento da direita encontrou a cabeça de Albino Sardão (ou foi ao contrário, nunca sabemos) que atirou a contar. Os jogadores d’Os Belenenses fizeram o que lhes competia e tentaram chegar à baliza dos veteranos de Carvide mas a inspiração da defesa carvidense, neste jogo, era à prova de tudo. Antes do intervalo, tempo para o terceiro golo dos visitados, na conversão de uma grande penalidade. Júlio Coelho não falhou e Carvide foi para o intervalo com três golos de vantagem.
No segundo tempo, os veteranos marinhenses surgiram mais aguerridos e com vontade de discutir o resultado. O jogo passou por alguns momentos de futebol directo com ambas as equipas a tentarem chegar à baliza o mais rapidamente possível, mas voltaram a ser os veteranos de Carvide a marcar. Júlio Coelho cobrou um livre na meia direita, na sequência de uma falta, e Diogo Guerra cabeceou para o fundo das redes. Os Belenenses responderam logo de seguida, numa jogada surgida de uma confusão no centro da defesa carvidense, e marcaram o tento de honra. O jogo acalmou e o CRC viu-se a jogar com um jogador a menos por causa da lesão de Carvalho e Luis Domingues. Fecharam-se as linhas e jogou-se no contra-ataque para tentar responder às investidas dos visitantes. E na marcação de um pontapé de canto, Albino Sardão voltou a marcar de cabeça numa bola que vinha à altura dos tornozelos. O jogo terminou momentos depois.
Na terceira parte recebemos os nossos adversários como os amigos que são e fizemos o melhor que sabemos para garantir o convívio animado e o retemperar de forças.
Diogo Guerra
