As dificuldades já aguardadas, tendo em conta os encontros anteriores, foram reforçadas pelo empenho dos jogadores da casa que obrigaram os veteranos de Carvide a “dar o litro” dentro das quatro linhas e, posteriormente, também fora delas.
Os locais adiantaram-se cedo no marcador através de uma jogada vistosa mas os forasteiros lograram o empate 10 minutos volvidos, num remate de ressaca à entrada da área, na sequência da marcação de um canto, por Júlio Coelho.
O início prometia e a entrega dos jogadores de ambas as equipas foi total, pelo que se sucederam os lances mágicos de parte a parte, com momentos futebolísticos de envergonhar qualquer equipa da 1ª Liga.
Perto do intervalo, os “17” voltaram à liderança do marcador com um livre superiormente marcado, sem quaisquer hipóteses para o guarda-redes Ricardo Vidal.
Ao intervalo reviu-se a estratégia, mexeu-se nas pedras e partiu-se para um segundo tempo de futebol épico e trepidante, sem certezas no marcador.
E haveria de ser o recém-entrado, Paulo Sapinho, a garantir o empate para o CRC num remate colocado a partir da quina da grande área, num lance de belo efeito. E o jogo não se ficaria por aqui. A parada e resposta constante valeu mais um golo, para os da casa, num lance de insistência de um para um frente ao guarda-redes, a mostrar mais uma vez a pontaria afinada dos locais.
Os veteranos de Carvide ergueram a cabeça e foram à procura do empate que acabaria por surgir alguns minutos depois, num cruzamento bem medido de Júlio Coelho que encontrou a cabeça de Diogo Guerra no coração da pequena área e enviou a bola para o fundo das redes.
Um golo que teria sentenciado a partida e que seria justo para ambas as partes, não fosse o golpe de teatro logo na reposição de bola em jogo, qual filme hollywoodesco, com a bola a ser rematada desde o grande círculo, parando apenas no fundo das redes da equipa carvidense.
A partida terminou pouco depois. Foi um bom espectáculo, impróprio para cardíacos e com aquilo que o futebol actual precisa… Golos!
Na 3ª parte também houve muitos golos, sobretudo de penálti. Os nossos anfitriões demonstraram, mais uma vez, que não brincam em serviço e brindaram-nos com um banquete digno de reis.
Diogo Guerra
